Uma curva na estrada - Nicholas Sparks

"Onde de fato começa uma história? Na vida, são raros os inícios bem marcados, aqueles instantes dos quais um dia poderemos dizer 'Foi ali que tudo começou'. Mas às vezes o destino cruza nosso caminho e inicia uma sequência de acontecimentos que levam a um desfecho imprevisível." (página 05)

Miles Ryan e Missy tinham uma linda história de amor. Namorados desde a época da escola, se casaram e tiveram um garotinho, Jonah. Viviam felizes até o dia em que Missy saiu de casa para correr e não resistiu a um atropelamento. Como subxerife da cidade, Miles não se perdoa por nunca ter chegado ao assassino de Missy. Foram anos de investigações e até hoje ele busca por vingança. 

Sarah Andrew, recém divorciada, busca reerguer a sua vida fazendo algo que ama: lecionar. Ela acompanha cada um de seus alunos com carinho. E tem um que a preocupa: Jonah. O menino possui dificuldades de aprendizagem e um semblante triste para um criança daquela idade. Então, resolve conversar com o pai do garotinho 

Em uma das curvas da vida, Miles e Sarah se encontram, Esta relação se inicia por conta de Jonah e, aos poucos, evolui para um lindo relacionamento. Porém, algo continua atormentando a vida do casal: a morte de Missy. Os dois possuem uma ligação desconhecida, que pode destruir o romance e, talvez, a vida deles. (Socorro, será que saiu algum spoiler?)

O enredo é contado em terceira pessoa. No início, o narrador parece ser alheio a situação, porém com o desenrolar dos capítulos, percebemos que é o(a) assassino(a). Algo que realmente chama atenção, porque temos uma nova versão do que aconteceu, não aquela do jornal e do inquérito, meramente descritivas, e que não contemplam os minutos que desencadearam a morte de Missy. Além disso, conseguimos visualizar como o(a) autor(a) do crime se sente e o quão angustiante é estar na pele dele(a).

É uma história sobre escolhas, consequências e as curvas da estrada da vida. Talvez fuja um pouco do grande foco romântico do Tio Sparks, mas garanto que não perde a essência e é uma belíssima história. Ah, e o (a) assassino(a) é quem você menos imagina! ;)