Cidades de papel - John Green
" (...) algumas pessoas, normalmente meninas, têm o espírito livre, não se dão bem com os pais. Esses adolescentes são como balões de hélio presos por um barbante. Eles fazem força na direção oposta ao barbante e fazem mais força, até que algo acontece, o barbante se rompe e eles vão embora, voando E talvez a gente nunca mais os veja." (página 122)
Quentin Jacobsen é vizinho de Margo Roth Spiegelman. Na infância, eles brincavam juntos, época em que presenciaram algo marcante e que nunca esqueceram. Agora, na adolescência, já não conversam mais, por conta daquela típica divisão: popular versus nerd.
Até que tudo muda. Em uma noite qualquer, Margo invade o quarto de Quentin pedindo ajuda. O que rende uma noite de grande aventuras e diversão. Ela, o enigma. Ele, a sensatez. Parece, que a paixão platônica de Q está cada vez mais próxima de se tornar realidade.
Mas se assim fosse, não teria graça. No dia seguinte, Margo simplesmente desaparece. Ninguém sabe de seu paradeiro e os pais estão desesperados.
Só que Quentin descobre pistas deixadas por Margo. Pistas? Na verdade, estão mais para enigmas. E a cada passo, mergulhamos mais na personalidade de Margo. E a cada pista, nos sentimos mais distantes dela e de uma resposta. Será que fugiu e do que? Será que pretende voltar? Aliás, será que está viva?
Este é um livro voltado para o público jovem, porém possui o diferencial de não ser uma história vazia. Green apresenta personagens maduros que enfrentam o dilema de construir o "quem sou eu", mas que ao mesmo tempo, não deixam de ser jovens e, portanto, cometem erros e se divertem muito (o que rende muitas risadas).
A história é super envolvente e todas as pistas se amarram no final. Tudo tem um porquê, inclusive o título do livro. E para finalizar, uma frase da enigmática Margo: "(...) É uma cidade de papel. Quer dizer, olhe só para ela Q: olhe para todas aquelas ruas sem sáida, aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem abaixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel queimando o futuro para se manterem aquecidas (...)".
Eu realmente sou muito fã do John Green. As história são de adolescentes mas os temas tratados e as mensagens passadas são muito boas, e faz a gente refletir.
ResponderExcluirwww.booksimpressions.blogspot.com.br
Cada livro dele é uma surpresa e um grande aprendizado!
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